Milhões de refugiados migram no êxodo.

A crise dos refugiados
não é europeia, é mundial. O Alto-Comissariado das Nações Unidas para
os Refugiados (Acnur) estima o número de “deslocados à força” no fim de
2014, não necessariamente para outros países, em 59,5 milhões. Do total,
86% estão em países pobres e menos de 4% na Europa Ocidental.
Se excluirmos os refugiados internos (entre os quais, 7,6
milhões dos 16,6 milhões ainda vivendo na Síria), restam 22,7 milhões,
dos quais 9,7% ou 2,2 milhões na União Europeia, Noruega e Suíça, que somam mais de 520 milhões de habitantes.
Os asilados regulares eram 14,4 milhões,
apenas 8,4% ou 1,2 milhão nesses países europeus. A maior parte dessa
carga era suportada por nações pobres, principalmente Turquia (1,59
milhão), Paquistão (1,51 milhão), Líbano (1,15 milhão), Irã (982 mil),
Etiópia (660 mil) e Jordânia (654 mil).
Muitos dos sírios
a tentar pular hoje as cercas da União Europeia passaram meses ou anos
em campos na Turquia que, com 75 milhões de habitantes e menos de um
quarto da renda per capita alemã, abrigava mais refugiados que toda a
União Europeia. Ou do Líbano, que, com o mesmo grau de desenvolvimento,
asila o equivalente a 23,2% da população nacional. São esses países, não
os europeus, que estão no “limite da capacidade”.
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