sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Refugiados: o êxodo do século XXI

Os primeiros capítulos do drama são uma pequena amostra do porvir. Em boa medida, o Ocidente colhe o que planta 


 Milhões de refugiados migram no êxodo.

 









crise dos refugiados não é europeia, é mundial. O Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) estima o número de “deslocados à força” no fim de 2014, não necessariamente para outros países, em 59,5 milhões. Do total, 86% estão em países pobres e menos de 4% na Europa Ocidental.
Se excluirmos os refugiados internos (entre os quais, 7,6 milhões dos 16,6 milhões ainda vivendo na Síria), restam 22,7 milhões, dos quais 9,7% ou 2,2 milhões na União Europeia, Noruega e Suíça, que somam mais de 520 milhões de habitantes.
Os asilados regulares eram 14,4 milhões, apenas 8,4% ou 1,2 milhão nesses países europeus. A maior parte dessa carga era suportada por nações pobres, principalmente Turquia (1,59 milhão), Paquistão (1,51 milhão), Líbano (1,15 milhão), Irã (982 mil), Etiópia (660 mil) e Jordânia (654 mil).
Muitos dos sírios a tentar pular hoje as cercas da União Europeia passaram meses ou anos em campos na Turquia que, com 75 milhões de habitantes e menos de um quarto da renda per capita alemã, abrigava mais refugiados que toda a União Europeia. Ou do Líbano, que, com o mesmo grau de desenvolvimento, asila o equivalente a 23,2% da população nacional. São esses países, não os europeus, que estão no “limite da capacidade”.

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